27/08/12 - Embraer vence licitação do Sisfron


Embraer vence licitação do Sisfron
27 Ago 2012

Por Virgínia Silveira | Para o Valor econômico, de São José dos Campos

O governo brasileiro deu mais um passo importante na estratégia de monitoramento das suas fronteiras. Na sexta-feira, a Embraer Defesa e Segurança foi escolhida pelo Exército Brasileiro para executar o projeto piloto do Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), contemplando uma área de aproximadamente 600 quilômetros de fronteira terrestre, na divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia.

Sete consórcios participaram da concorrência que, segundo especialistas, está avaliada em R$ 1 bilhão. O Sisfron prevê o monitoramento de uma área de quase 17 mil quilômetros quadrados de fronteira seca, envolvendo dez países sul-americanos e onze Estados brasileiros. O valor do projeto global é estimado em cerca de R$ 11,9 bilhões.

A Embraer se apresentou na concorrência como participante do consórcio Tepro, formado pela Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, ambas controladas pela Embraer Defesa e Segurança. O projeto piloto do Sisfron poderá envolver uma área de até 900 quilômetros, devido aos sensores, que contemplarão toda a área de responsabilidade do Comando Militar do Oeste.

A recém-criada Savis, segundo informações da Embraer, vai atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais. A fabricante brasileira de aviões informou que a Savis foi criada com o objetivo de fazer frente às necessidades nacionais no setor de defesa e segurança.

Dessa forma, segundo explicou na sexta-feira em comunicado a Embraer, a nova empresa estará "estimulando o desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive para posterior exportação, fortalecendo assim a indústria nacional e a balança comercial brasileira".

O projeto Sisfron também atraiu o interesse das grandes empreiteiras brasileiras, que se associaram a grupos de defesa estrangeiros para participar da concorrência. A vitória da Embraer nessa primeira etapa do projeto, segundo especialistas ouvidos pelo Valor, é uma demonstração de que o governo priorizou o nível de conteúdo nacional oferecido pelas empresas que disputaram a licitação.

Em entrevista anterior, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que um dos principais diferenciais da proposta apresentada pela empresa era o nível de conteúdo nacional e que o Exército Brasileiro estaria exigindo um índice acima de 60%.  /resenha

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