15/11/2012 - militar envolvido com drogas. Leia Mais...


A dor e o coração apertado da mãe que vê o filho envolvido com droga

“Fico com o coração partido em ver meu filho nesta situação”, disse Isodete. (Foto: Simão Nogueira)“Fico com o coração partido em ver meu filho nesta situação”, disse Isodete. (Foto: Simão Nogueira)
“É doído demais”. Foi assim que a dona de casa Isadete Araújo, 50 anos, resumiu o fato  de ver o filho, acusado de tráfico de drogas, Marcelo Araújo Santos, de 22 anos, chegando para depor na 5ª Vara do Tribunal do Júri, na última quinta-feira (8), em Campo Grande. Por ser militar, Marcelo está preso na 14º Companhia do Exército.

A família afirma que Marcelo não trafica e sim é dependente químico. Na prisão há mais de quatro meses, o jovem foi preso quando comprava porções de crack na casa de Neidinaldo do Nascimento da Silva, um dos acusados de matar o casal Luzia Barbosa Damasceno Costa, 25 anos, e do empresário Alberto Raghiante Junior, 55 anos, no dia 4 de julho deste ano.
A mãe afirma que Marcelo se envolveu com droga depois que o irmão mais velho, Moacir Araújo de Lima, 22 anos, foi assassinado com dois tiros nas costas e um na nuca, em 2009. “Foi por desgosto, tristeza e fraqueza que ele começou a usar essa porcaria”, disse a mãe.
O jovem estudou até a 8ª série, entrou no quartel há cerca de três anos e serviu apenas cinco meses, depois se afastou da vida militar por causa da dependência química.
Prevendo o pior, a prima, Renata do Carmo Araújo Lima, 32 anos, chegou a pedir no Exército para ele ficar mais tempo no quartel, sem retornar para casa, mas foi em vão. Ele desistiu do quartel sem cumprir o tempo determinado e acabou ficando como foragido do Exército.
Militares do Exército acompanham Marcelo para depor. (Foto: Minamar Júnior)Militares do Exército acompanham Marcelo para depor. (Foto: Minamar Júnior)
“Fico com o coração partido em ver meu filho nesta situação”, lamenta a mãe, acrescentando que todos os sábados visita Marcelo no presídio.
Para a mãe, o jovem afirma que não quer mais saber da droga e quando voltar para casa pretende seguir um caminho diferente. “Ele sentiu na pele o mal que a dependência faz na vida de uma pessoa. Quando foi preso estava na hora, lugar e no momento errado. Tudo isso por causa da maldita droga”.
Quanto ao filho mais velho que foi morto, Isodete disse que o rapaz não era usuário de droga, sem entrar em detalhes, afirma “foi queima de arquivo, ele foi morto porque sabia demais”.
A família mora no bairro Cidade Morena. Além de Marcelo, Isodete tem um filho de 13 anos e mora com o irmão, José Lourenço, 74 anos, que ajudou a criar os sobrinhos trabalhando com materiais recicláveis. “Essa foi a única profissão que eu consegui ensinar para eles”, finaliza. 


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