29/01/2013 - Sargento morto em Santa Maria é enterrado com honras militares
Sargento morto em Santa Maria é enterrado com honras militares
Luiz Carlos Ludin de Oliveira, 45 anos, foi vítima do incêndio na boate Kiss.
Velório na capela da Base Aérea da cidade gaúcha teve saraivada de tiros.
Roberta Lemes Do G1 RS, em Santa Maria
O corpo do primeiro sargento Luiz Carlos Ludin de Oliveira, uma das vítimas do incêndio na boate Kiss durante uma festa universitária no domingo (27), foi enterrado na tarde desta segunda-feira (28) com honras militares. O velório ocorreu na Capela da Base Aérea de Santa Maria, no município da Região Central do Rio Grande do Sul, e o corpo foi sepultado por volta das 16h no Cemitério Santa Rita, na mesma cidade.
Ainda na base, foi dada uma saraivada de tiros pelos cadetes da Aeronáutica. Depois, após o pedido de um toque de silêncio, o caixão foi coberto com uma bandeira do Rio Grande do Sul. A bandeira foi dobrada e entregue à viúva Núria.
Formado em Odontologia, Oliveira morava com a mulher e um filho dela na Vila Militar de Santa Maria, onde trabalhava na Base Aérea. Deixou três filhos, que não moravam com ele.
Núria estava em Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, e foi a Santa Maria quando soube do incêndio. Uma vizinha do casal que estava no enterro contou como era o militar. "Eram excelentes vizinhos", lamenta Carla Tarrago. "Viviam os três juntos. Eles tinham um cachorro, e ele vivia na rua brincando com o cachorro. Era uma alegria", conta.
O susto de Carla foi grande, afinal o filho de 18 anos estava na boate. Ela conta que ele havia feito aniversário na última sexta-feira (28), e foi comemorar porque já poderia entrar na Kiss. O adolescente, no entanto, se salvou.
Depoimento
Em depoimento à Polícia Civil, o dono da boate Kiss, Elissandro Sphor, disse que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele também culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio, segundo o delegado Sandro Meinerz.
Em depoimento à Polícia Civil, o dono da boate Kiss, Elissandro Sphor, disse que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele também culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio, segundo o delegado Sandro Meinerz.
O dono da boate Kiss também negou tenha ordenado aos seguranças que impedissem a saída dos jovens da festa na hora que o fogo começou. Sphor, que estava na boate quando a tragédia ocorreu, negou ainda ter retirado do local o computador que armazenava as imagens gravadas pelas câmeras de segurança da boate. O gravador sumiu do local, segundo Meinerz, responsável pelo caso.
Incêndio
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
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