13/02/2013 - Obama anuncia retirada de 34 mil soldados do Afeganistão até 2014


Obama anuncia retirada de 34 mil soldados do Afeganistão até 2014

Tropas devem deixar o país dentro de um ano, afirmou presidente.
No discurso do Estado da União, ele pediu reformas tributária e migratória. 

Obama discursou por cerca de uma hora. (Foto: AFP Photo)Obama discursou por cerca de uma hora aos congressistas. (Foto: AFP Photo)
 O presidente dos Estados Unidos,Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (12) - madrugada de quarta, 13, no Brasil - que 34 mil soldados americanos deixarão o Afeganistão dentro de um ano e que a guerra no país invadido terminará até o final de 2014.
Obama falou ao Congresso americano por cerca de uma hora no tradicional discurso do Estado da União, em que o presidente, no início do ano, elenca as prioridades do governo.

O democrata  informou que, paralelamente à retirada das tropas, os Estados Unidos estão treinando e equipando forças afegãs para continuar combatendo a atuação da rede terrorista da Al-Qaeda no país.
"A organização que nos atacou em 11 de setembro é uma sombra do que era", disse, em alusão ao resultado dos combates na última década no país.
O número de soldados americanos no Afeganistão chegou a ser de 100 mil. Atualmente, cerca de 66 mil militares seguem no país.
Ainda dentro da questão militar, ele anunciou "tratamento igual para todos os membros das forças armadas, sejam heterossexuais ou homossexuais".
Obama, no Congresso. (Foto: AFP Photo)Obama, no Congresso. (Foto: AFP Photo)
Obama também falou da questão nuclear, numa referência ao teste nuclear feito pelo governo da Coreia do Norte na terça-feira. Ele prometeu tomar "medidas firmes" junto aos aliados dos EUA contra o que chamou de "provocações" do regime norte-coreano, que violou resoluções da ONU ao testar um artefato nuclear de pequeno porte.
"Provocações como a que vimos ontem à noite apenas os isolarão ainda mais, já que, juntamente com nossos aliados, fortaleceremos nossa própria defesa contra mísseis e iremos liderar o mundo na adoção de medidas firmes em resposta a essas ameaças", afirmou.
"O regime da Coreia do Norte deve saber que somente alcançará a segurança e prosperidade mediante o cumprimento de suas obrigações internacionais."
Irã
Ele acrescentou ainda que o governo do Irã precisa reconhecer que o momento pede uma coalizão e reforçou que os EUA farão tudo para evitar a fabricação de armas nucleares. "Ao mesmo tempo, vamos envolver a Rússia para negociarmos uma redução maior dos nossos arsenais", disse.
Michele Obama acompanhou e aplaudiu o discurso do marido. (Foto: AFP Photo)Michele Obama acompanhou e aplaudiu o discurso do marido. (Foto: AFP Photo)
Empregos para a classe média
Além da questão militar e de segurança, o discurso abordou outros temas da agenda política do segundo mandato do democrata como economiacontrole de armas, educação e saúde.
Obama dirigiu-se aos congressistas diversas vezes sobre a questão do bipartidarismo, num pedido para que republicanos trabalhem junto com democratas para a elaboração do projeto de lei de reforma tributária.
"O povo americano não espera que o governo resolva todos os problemas. Eles esperam que coloquemos os interesses da nação à frente dos interesses do partido. Eles esperam de nós que cedamos para fazer acordos sempre que possível. A responsabilidade de melhorar essa união permanece sendo de todos nós."
Obama defendeu que a reforma reduza o déficit do país, pesando mais sobre quem tem mais condições financeiras, e que crie mais empregos, focando principalmente na classe média. Essa parcela da população foi tema constante da campanha eleitoral de 2012, que reelegeu o democrata, e foi citada no discurso diversas vezes
Salário mínimo
Sob aplausos, Obama anunciou ainda o aumento do salário mínimo federal para US$ 9 por hora. "É a diferença entre ficar em casa e ser despejado", definiu.
Ele frisou, no entanto, que nada do que ele propôs deve aumentar o déficit americano "nem em um centavo".
O presidente disse que o país está se "curando" da crise imobiliária e pediu urgência na aprovação de uma lei para ajudar as pessoas a refinanciarem suas hipotecas num programa que gere uma economia aos endividados de US$ 3 mil ao ano. "Me mandem logo essa lei. Por que seria um problema partidário ajudar as pessoas a refinanciar seus débitos?", questionou.
Outras medidas citadas pelo presidente foram o incentivo fiscal para que empresas americanas que produzem em outros países devido a custos mais baixos voltem a ter fábricas nos EUA. "Vamos provar que não há lugar para fazer negócios do que aqui", pediu.
Sobre a reforma de imigração, o presidente abordou o tema também pelo viés econômico, defendendo que o tempo de espera para regularizar a situação do imigrante seja reduzido, incentivando a criação de empregos. "Grupos bipartidários estão trabalhando para desenhar um projeto de lei, me mandem por favor uma proposta de reforma de imigração e eu vou assiná-la."

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