28/03/2013 - Militares da reserva chamam Comissão da Verdade de 'totalitária'


Grupos que representam militares da reserva criticaram em nota os membros da Comissão da Verdade. Criada pelo governo, a comissão, formada por sete integrantes, apura violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, em especial na ditadura militar (1964-1985).
A nota é assinada pelo presidente do Clube Militar, general de exército Renato Cesar Tibau da Costa; pelo presidente do Clube Naval, vice-almirante Ricardo Antonio da Veiga Cabral; e pelo tenente-brigadeiro-do-ar Ivan Moacyr da Frota.
O texto foi divulgado por causa do aniversário de 49 anos do golpe que instaurou a ditadura no dia 31 de março de 1964.
"Que não venham, agora, os democratas arrivistas, arautos da mentira, pretender dar lições de democracia. Disfarçados de democratas, continuam a ser os totalitários de sempre", afirmam os militares.
Eles criticam o fato de a comissão decidir investigar apenas os crimes cometidos pelos agentes do Estado.
"Ao arrepio do que consta da lei que criou a chamada Comissão da Verdade, os titulares designados para compô-la, por meio de uma resolução administrativa interna, alteraram a lei em questão limitando sua atividade à investigação apenas de atos praticados pelos agentes do Estado, varrendo 'para debaixo do tapete' os crimes hediondos praticados pelos militantes da sua própria ideologia", completam.
A assessoria da Comissão da Verdade informou que não vai se manifestar.
A nota dos clubes ainda elogia a história das Forças Armadas lembrando a participação na Segunda Guerra Mundial. "Certamente esta é uma das principais razões pela qual a população brasileira atribui às Forças [Armadas] o maior índice de credibilidade, entre todos os segmentos nacionais que lhe são apresentados."
Segundo eles, foi esse o motivo que levou a população a apelar aos militares para que, em 1964, interviessem contra um "governo que, minado por teorias marxistas-leninistas, instalava e incentivava a desordem administrativa, a quebra da hierarquia e disciplina no meio militar e a cizânia entre os poderes da República".
O golpe militar depôs o governo João Goulart (1961-1964), que era considerado de esquerda. fonte: folha

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