04/09/2013 - A VERDADE É DURA

04/09/13 - A VERDADE É DURA
“A Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se importam, não se manifestam
Gen Marco Antonio Felíciio da Silva                                                                                                                                    
Sim, a verdade é dura quando se vê que uma decisão madura (aliás, “decisão madura”, simbolicamente em vermelho) traduz covardia, incompetência e traição. Essa é a dura verdade a que se chega após a leitura de um texto, sem autoria definida, agora publicado no “O GLOBO”, porém elaborado meses atrás, fruto de discussões internas, durante anos, que levaram as “Organizações Globo” a reconhecer que, à luz da História(?), o apoio editorial dado pelo Jornal ao “golpe de 64” foi um erro.
Covardia em apresentar tal decisão segundo discurso impessoal. Não há um só nome ao qual se dê o crédito da autoria. Covardia, pois, decisão anunciada sob a pressão e medo do coro das ruas, coro esse que nada mais é do que a repetição de palavras de ordem que emulam a multidão em protesto. Covardia, pois, tomada em nome do respeito à Democracia quando, em verdade, o texto em discussão, de forma contraditória, o confirma, o que chamam de “golpe de 64” foi uma intervenção para evitar o estabelecimento de uma “República Sindical”, apoiada pelos comunistas. Covardia e traição à figura de Roberto Marinho, criador das “Organizações Globo”, pois, o texto em tela afirma que, na noite de 31 de março de 64, “O GLOBO” foi invadido por partidários de Jango e impedido de circular em 1 de abril. Já liberado, no dia 2 de abril, publicava o editorial do dia anterior, “A decisão da Pátria” e o novo editorial, “Ressurge a Democracia”, ambos com loas à intervenção militar, sob a égide de Roberto Marinho. Covardia e traição, pois, Roberto Marinho, em 1984, segundo o próprio texto, após destacar os avanços econômicos havidos nos 20 anos de governos militares, em editorial de sua lavra, afirmou ter permanecido fiel aos objetivos da Revolução, havida “por exigência inelutável do povo brasileiro. Sem povo, não haveria revolução, mas apenas um pronunciamento ou golpe com o qual não estaríamos solidários.” Covardia, pois, os autores do que chamam de “erro o apoio ao “golpe de 64”, abandonando a prática obrigatória do bom jornalismo, que é abrir espaço para o contraditório, não publicaram uma só carta sobre o assunto na “Seção Cartas dos Leitores”. Publicaram apenas opiniões daqueles de quem já era esperado o favorável.
 Surpreende a incompetência dos autores indeterminados, pois, dadas as incoerências e contradições do texto apresentado em relação ao objetivo buscado, pobre em causas e antecedentes históricos, creio que alguém ao escrever “já há muitos anos as “Organizações Globo” reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro”, esse alguém não se refere à História verdadeira, mas a uma nova estória, criada pelos marxistas-gramscistas que ocupam as redações de jornais como “O GLOBO”, os mesmos que não conseguiram conviver com as verdades concretas de um Olavo de Carvalho e que, de forma tirânica e revanchista, não admitem senão o que classificam de politicamente correto.
 Assim, como apoiar a contra-revolução de 64 é politicamente incorreto, é mais fácil para as “Organizações Globo”, por covardia e traição de seus diretores e incompetência de seus redatores, fazer um revisionismo histórico, tão a gosto das esquerdas de antanho, na contramão da verdadeira História, até mesmo para alinhar-se com um governo que tem as chaves do cofre e é extremamente generoso com os seus parceiros ideológicos.

FONTE: AVERDADESUFOCADA

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