21/04/2015 - Reajuste dos MILITARES. Forças Armadas falidas

Reajuste dos MILITARES. Forças Armadas falidas.
No mês passado os militares receberam a última parcela do minguado reajuste. Que não chegou, nem de longe, a cobrir as perdas inflacionárias. Com isso, enquanto sargentos, cabos e soldados são empurrados para as favelas (que em tempos de PT são chamadas de comunidades), oficiais são empurrados para as cidades e bairros periféricos, já que os defasados salários mal dão para custear os alugueis. Comprar imóvel está muito mais difícil, ainda mais com o enorme aumento dos juros e nenhum incentivo para militares, que segundo o governo, estão acima dos limites para ser auxiliados pelos programas-esmola como bolsa-família, bolsa energia, bolsa telefone e coisas do gênero.
Pelo que se percebe, a situação política – econômica está tão caótica que poucas categorias já se organizam com vista a exigir reajustes para o próximo anos. Os militares, que não se curvaram à ideologia petista, e sem representação política, já que não elegeram representantes para o Congresso – com exceção de Bolsonaro – como sempre, dependem de organizações montadas por esposas ou militares da reserva, como UNENFA e AMARP para fazer soar mais alto seus pedidos de reajuste. Ainda não se percebeu em 2015 qualquer movimentação voltada para a questão salarial a ser definida no início de 2016.
Instituições como POUPEX e bancos privados que fazem empréstimos consignados, antes eram tábua de salvação de militares endividados. Mas, agora, com os seguidos empréstimos para quitar dívidas, acabam por ser um nó que aperta o pescoço de muitos, da ativa e reserva. Pesquisa publicada aqui mostra que ainda em 2013 cerca de 50% dos militares tinham dívidas com empréstimos que comprometem mais de 50% de sua renda.
Pesquisa Sociedade militar principais dados obtidos from RM
Pesquisa realizada pela Revista Sociedade Militar Obs: Amostras:  Ativa – 0,125% da população./ Reserva/reformados – 0,04% da população (0,0395%)  Obs. 1) As amostras, além de conter participantes de todas as forças em praticamente todos os estados da federação, representam, no caso dos militares da ativa, aproximadamente 0,12% da população total (de Aprox.288.000), um número bem expressivo. Para comparação, em São Paulo, onde a população de eleitores beira os 28.000.000, normalmente o IBOPE entrevista de 1000 a 1500 pessoas, somente cerca de 0,005% da população estudada. Para uma amostra similar a da revista elet. Sociedade Militar o IBOPE teria que entrevistar mais de 30.000 pessoas. 2) Dado o bom nível da amostra podemos acreditar que as conclusões refletem bem e com pouca margem de erro a situação da população em foco.   Dados colhidos em 2012. Estima-se que a situação piorou.
marinha de guerra falida   Os quartéis também não estão imunes ao descaso. Sabe-se que até o atendimento na área de saúde está prejudicado por conta da questão financeira. Consultas e exames são marcados para datas longínquas.  Uma leitora nossa esteve a pouco tempo em um ambulatório militar em Niterói e testemunhou o sufoco passado por alguns militares subalternos, que tinham que realizar o serviço de limpeza em banheiros e instalações, substituindo funcionários da empresa contratada, ausente por motivos financeiros. Oficiais médicos e de enfermagem têm que realizar as tarefas antes realizadas por cabos e sargentos, agora deslocados para a manutenção, o que prejudica o sistema como um todo.
Essa semana um grande jornal paulista publicou nota informando que a redução de recursos para o PAC trouxe um corte de R$ 1,6 bilhão para alguns dos projetos mais importantes da Defesa e que o forte contingenciamento em 2015 trará inúmeros prejuízos à manutenção das estruturas físicas, à aquisição de armamentos, à qualidade dos serviços prestados, incluindo, o que é muitíssimo preocupante, as atividades de formação e adestramento.
Militares ao invés de se manterem adestrados e em boas condições físicas, pelo que percebemos, serão deslocados mais para tarefas de manutenção de instalações e equipamentos, visando a preservar o que ainda resta do que foi adquirido nos anos 80 e 90.
A publicação informa que a esquadra brasileira está próxima de um colapso terrível. A fragata Constituição, capitânia da força multinacional que patrulha o litoral do Líbano, sofreu grande avaria na costa libanesa no fim do mês passado. A avaria é tão grave para o navio de quase 40 anos que foi preciso despachar emergencialmente um navio-patrulha para substituí-la. Com isso – em outro vexame internacional – o Brasil se arrisca a perder a liderança da missão, integrada por 15 países.
Por falta de recursos a Marinha deixou de fazer a manutenção necessária nas suas corvetas nacionais, da classe Inhaúma, que se encontram paradas há quase três anos.
Fala-se também da aposentadoria das fragatas classe Greenhalgh, que vieram da Inglaterra.
Todos esses navios têm por volta de 30 anos de uso.
Quem entra nos navios e percorre locais um pouco abaixo do convés principal nota facilmente que o material tem que sofrer manutenções com intervalos de tempo cada vez menores. O piso dos corredores quase sempre brilha. Mas, os equipamentos nem sempre respondem de forma tão brilhante quanto deveriam.
A Marinha de Guerra do Brasil “opera” hoje com aproximadamente: 1 submarino, 3 fragatas da classe Niterói, 2 fragatas Tipo 22, 1 corveta e 3 navios-patrulha.
A marinha brasileira possui mais de 50 almirantes.
Revista Sociedade Militar.

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