02/05/2015 - 13 servidores da Sesai são liberados por indígenas, diz Exército em RR
Funcionários devem chegar a Boa Vista ainda neste sábado (2). Exército considera tranquila a situação no local, após 24 horas de protesto.
A assessoria de comunicação do Exército Brasileiro em Roraima informou
que 13 dos 35 servidores impedidos de sair da região de Surucucus por índios da etnia Yanomami
foram autorizados a deixar a região neste saábado (2), em uma aeronave
das Forças Armadas, após 24 horas de protesto. Os funcionários passaram a
noite no 4º Pelotão Especial de Fronteira, onde receberam água e
alimentação. A situação no local é considerada tranquila, conforme
avaliação do Exército.
Os indígenas exigem a exoneração da gestora do Distrito Especial de
Saúde Indígena Yanomami (Dsei-Y) e do gestor da Secretaria Especial de
Saúde Indígena, Antonio Alves. Ainda no protesto, os indígenas
apreenderam quatro aeronaves que são usadas no deslocamento dos
servidores e pacientes da região.
Ao G1, a gestora do Dsei-Y, Maria de Jesus, disse que
pediu apoio do Ministério Público Federal (MPF) para que seja adotada
alguma medida de reintegração de posse das aeronaves.
"Todas as ações possíveis estão sendo realizadas. Nossos servidores
estão bem", disse. Por telefone, a assessoria de comunicação do MPF
informou que a procuradoria solicitou informações mais precisas
referentes ao conflito para assim tentar solucionar o caso.
Por telefone, o coordenador-geral da Frente de Proteção Yanomami e
Ye'kuana, da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Catalano, explicou
que o orgão tentará intervir em uma negociação ainda neste sábado com
os indígenas. "Me coloquei à disposição do Dsei-Y. Vou tentar uma
articulação via radiofonia com as lideranças indígenas para tentar
resolver a situação da forma mais pacífica possível, para que não haja
nenhuma violência", ressaltou.
De acordo com o representante do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimento Privado dos Serviços de Saúde, Francinaldo Cruz, que
acompanha o caso, os servidores da Sesai estão bem, todavia querem sair
da região. "Recebi a informação que está tudo muito tranquilo. Porém,
eles estão sendo impedidos de sair da Surucucus devido a dificuldade no
acesso, então como os indígenas estão com os aviões retidos não há outra
forma de deslocamento", explicou.
O caso foi registrado na Polícia Federal em Roraima. Até a publicação desta reportagem o G1 não havia conseguido contato para saber se foi enviada alguma equipe da PF para o local.
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