22/07/2015 - Ágata 9 combate crimes transfronteiriços na divisa do Brasil com Bolívia e Paraguai
Campo Grande (MS), 22/07/2015 – Os 4.045
quilômetros de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai estarão
no centro de atenção das Forças Armadas Brasileiras. Desde as primeiras
horas desta quarta-feira (22), cerca de 4,2 mil militares, com apoio de
agentes governamentais estão realizando a Operação Ágata 9, que visa o combate ao crime transfronteiriço.
Foto: Felipe Barra / Arquivo MD
Ágata 9 terá 4,2 mil militares no combate ao crime transfronteiriço
Nesta edição, o aparato militar atua em 166 municípios indo de Vista
Alegre do Abunã (RO) a Foz do Iguaçu (PR). A operação envolve os estados
de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, com o centro de
operação instalado na sede do Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo
Grande (MS).
A Operação Ágata 9 é de responsabilidade do Ministério da Defesa, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) junto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica.
A Ágata foi instituída por decreto da presidenta Dilma Rousseff, em
2011, no âmbito do Plano Estratégico de Fronteira (PEF). Os países
vizinhos foram informados da ação militar e enviaram observadores para a
capital sul-matogrossense.
Um dos objetivos da Ágata 9 é intensificar a presença do Estado
brasileiro junto a faixa de fronteira, contribuindo para o combate e a
redução de ilícitos transfronteiriços como contrabando, tráfico de
drogas, de pessoas, de armas e munições, exploração sexual, evasão de
divisas, crimes ambientais, roubo de veículos, garimpo ilegal, entre
outros.
Para isso, as Forças Armadas estão utilizando 57 veículos, entre
aeronaves, viaturas e embarcações, além do emprego de 4.201 pessoas de
46 instituições e órgãos públicos.
Está será a primeira vez que a operação contará com os meios do
Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron) – projeto
estratégico do Exército implantado na área da 4ª Brigada de Cavalaria
Mecanizada, em Dourados (MS).
No ano passado, o MD realizou uma Ágata que tomou toda a fronteira
brasileira, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS). Essa mobilização se deu às
vésperas da Copa do mundo Fifa Brasil 2014. O mesmo ocorreu no ano
anterior, em função da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da
Juventude (JMJ). No ano passado foram apreendidos 36 mil quilos de
drogas.
Foto: Felipe Barra / Arquivo MD
Um dos objetivos da Ágata 9 é intensificar a presença do Estado brasileiro junto a faixa de fronteira
Histórico da Operação Ágata
As ações iniciaram a partir do Plano Estratégico de Fronteiras do
Governo Federal. Desde a primeira edição da Ágata, em 2011, até a oitava
operação realizada em 2014, foram inspecionados 731.292 veículos e 253
aeronaves, 34.658 embarcações apreendidas, vistoriadas ou notificadas,
229 armas apreendidas, 21,9 toneladas de explosivos apreendidos, 68,1
toneladas de drogas apreendidas, 56.326 pessoas revistadas.
Ações cívico-sociais
A Ágata também promove ações de cunho médico-social. Em 2014 foram
prestados 12.443 atendimentos em diversas especialidades
médico-hospitalar e 16.655 odontológicas. Para a população mais carente
dos municípios de fronteira foram distribuídos 226.346 medicamentos.
Durante as chamadas ações cívico-sociais (acisos), crianças e
adolescentes participaram, ainda, de atividades recreativas e
esportivas.
As acisos contaram com a participação de profissionais da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica. O SEST e o SENAT, entidades assistenciais do
setor de transporte, também estiveram em algumas cidades da divisa. Nos
postos montados em escolas e quadras de esporte foi possível emitir
documentos de identidade e carteira de trabalho.
Como parte das ações em prol da sociedade civil, com a Ágata 8 os
militares recuperaram 62 km de trechos de rodovias e realizaram
manutenção e reparo em 104 instalações públicas, entre elas escolas.
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