24/07/2015 - Comitê Olímpico e Mapa negam risco de doença contagiosa em cavalos de Deodoro

Órgãos disseram que não há perigo para os cavalos que vão disputar as provas teste dos Jogos Olímpicos em agosto. Caso de mormo foi registrado em um cavalo do Exército. Elizângela Lemes Capital News
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Centro Nacional de Hipismo General Eloy MenezesComitê Olímpico e Mapa disseram que não há perigo para os cavalos que vão disputar as provas teste dos Jogos Olímpicos em agosto.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e o Comitê Olímpico negaram que haja riscos para os cavalos que vão disputar as provas testes dos Jogos Olímpicos no dia 6 de agosto. A suspeita da proliferação de uma doença contagiosa conhecida como mormo entre os cavalos do Complexo Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro, acendeu o sinal de alerta entre militares, governo federal e no comitê da organização das Olimpíadas de 2016. Conforme a Agência Brasil, a Confederação Brasileira de Hipismo preferiu não comentar o caso.

Os 141 cavalos da Escola de Equitação do Exército ficam no local onde será realizado as provas de hipismo das Olimpíadas de 2016. Apesar da alta letalidade da doença, o Mapa e o Comitê Rio 2016 explicam que o local das provas de hipismo em Deodoro está isolado desde fevereiro, quando foi decretado o chamado “vazio sanitário”. Para a competição de agosto, a organização garante que não há riscos. O Ministério disse que está desenvolvendo um conjunto de atividades para salvaguardar a sanidade dos equinos que estarão nas competições olímpicas, em Deodoro. No local das provas, o vazio sanitário - período em que o estabelecimento permanece totalmente desocupado – ocorre desde abril deste ano.

O Mapa disse ainda, que o Serviço Veterinário Oficial está desenvolvendo um estudo soroepidemiológico no entorno da Escola de Equitação do Exército, devido ao histórico de movimentação de um animal que foi diagnosticado com mormo, em abril deste ano, no Espírito Santo. Este animal, que já foi sacrificado, esteve no Setor 4 do Complexo Militar de Deodoro de fevereiro a novembro de 2014. O Ministério disse que realizou testes Fixação de Complemento (FC) e Western Blotting (WB) em animais alojados no Setor 4 que poderiam ter tido contato com o cavalo infectado. O laudo oficial emitido pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) apontou um resultado positivo e um inconclusivo na prova de WB. Estes cavalos foram retirados do convívio dos demais e levados para local isolado sob supervisão oficial para coleta de material, levantamento de dados e posterior sacrifício do animal doente.
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Caso de mormo foi registrado em um cavalo do Exército em abril e acendeu o sinal de alerta das autoridades.

O Mapa informou também que junto com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro (SEAPEC/RJ) e o Exército Brasileiro, estão realizando inspeção clínica permanente e testes laboratoriais em aproximadamente 584 animais no Complexo Militar de Deodoro, que inclui cavalos não só do exército, como de outros proprietários. Todos os 584 cavalos passarão por três baterias de testes, que devem ser realizadas com intervalos de 21 a 30 dias. Por isso, a conclusão está prevista para outubro. Os testes laboratoriais utilizados para o diagnóstico da doença são os recomendados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Em 2000, a disputa do GP Latino Americano de Turfe, que seria no Hipódromo de Cidade Jardim em São Paulo, foi cancelado devido à confirmação de Mormo em dois animais do Nordeste. Segundo a legislação brasileira e recomendações internacionais, equinos, asininos e muares acometidos por mormo devem obrigatoriamente ser sacrificados por se tratar de uma doença incurável.

O mormo é uma doença transmitida por bactéria que afeta o sistema respiratório dos cavalos, gerando secreções e abscessos. De acordo com o professor de veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Clayton Gitti, especialista em doenças infecciosas, o mormo provoca uma grande infecção, que não tem cura: “A doença é até tratável, teoricamente. O problema é que, uma vez doente, o animal serve de fonte de infecção para os outros”.

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